A Arte de ser clichê.

I gotta take a risk, take a chance, make a change and breakaway.

Thursday, November 23, 2006

Cansei.

Pensei que era o visual, mas cansei mesmo foi do blog.
...E como sempre, inconstante, mundado de e-mails de meses em meses, mudando de MSN de anos em anos, fazendo um fotolog a cada 10 dias... Enfim, fiz outro blog. :)

www.thewandercat.blogspot.com

Gracias.

Saturday, July 29, 2006

Rebel, rebel...

Ouvindo David Bowie podemos viajar enquanto limpamos a cozinha. Requebrando ao som de Rebel, Rebel, Cris lavava a louça, enquanto Gram limpava as vidraças tomando o cuidado para não deslizar andares a baixo.
"Hot tramp, I love you so!", ela gritava empolgada.
Parecia tão infeliz, apesar da cantoria alucinada.
Gram lhe chamou atenção para as taças de cristal, que poderiam escorregar pelas mãos da menina e se espatilharem sobre o chão.
Ela não queria saber, mas não queria ter de limpar os estilhaços de vidro sobre o chão depois.
Desligou o rádio e continuou a lavar a louça, imaginando qual teria sido a visão deslumbrante de David Bowie para escrever a música...
Sua empregada será que dançava enquanto lavava os pratos?

Thursday, April 13, 2006

[ Inutilidade ]

Hoje, achei que o dia não fosse acabar.
Não haveria de acabar porque quando você se interessa pelo tempo, ele se interessa por você do mesmo modo. Logo, se ficar prestando muita atenção no relógio ele vai prestar muito mais atenção em você e as horas irão passar lentamente.
Mas hoje meu ser estava dividido no relógio. Eu queria que o tempo passasse, mas ao mesmo tempo...Não queria.
A vida é algo tão frágil. Cem anos parecem longos para quem vê, mas para quem vive é algo tão curto e precioso.
É estranho pensar que morremos e os próximos serão os nossos filhos e, depois, os filhos deles e de certa forma, quando penso na morte dos meus parentes fico agonizado. Afinal, são eles agora, será algo triste e extremamente doloroso mas logo depois deles -pelo curso natural da vida - será a minha vez!
Mais estranho ainda é pensar no que você estaria fazendo se de descobrisse que morreria daqui algumas horas. Uns reponderiam coisas absurdas, como por exemplo: andar pelado, assaltar e torrar todo dinheiro da conta. Mas, falam isso apenas da boca pra fora. Apesar do que o médico te disse, você ainda tem esperança de que a medicina falhe para estas coisas; além de ter responsabilidades demais para com o mundo.
Sair pelado? Aparecer nos jornais? E se o médico se enganar realmente? E se aquele teste ridículo de internet ("Que dia você irá morrer?", aposto que Deus tem mais coisas para fazer do que ficar logado na internet falando para ignorantes quantos dias lhe restam) se enganar também? Serei caçoado pelo resto de minha vida!
Somos muito cuidadosos quando a palavra morte nos é sugerida, mesmo os jovens pseudos-suicidas, morrer talvez seja a saída carnal para muitos problemas mas.. Qual será a solução para esses problemas se houver mesmo aquele tal de mundo espiritual? ... Se houver mesmo aquele tratado de "assuntos pendentes"?
Acordei hoje de manhã e o médico me disse: "Você só tem mais 7 horas de vida", diria que essas horas foram as mais inúteis de toda a minha vida, pois não estou andando pelado (maldita esperança!), não assalto ninguém porque não quero morrer na cadeia (ou quem sabe apodrecer lá se o médico se enganar! Ora veja só! Maldita esperança em dobro!), não acabo com todo o dinheiro da minha conta porque apesar da minha morte estar marcada, meus filhos e mulher continuarão vivos... Logo, cá estou. Sentado nessa cadeira pensando o que eu deveria fazer com o tempo que me resta.

Suzana, Jack, cuidem bem da sua mãe.
Ps. Filho, acentue corretamente esse texto depois.
Ps2. Se eu realmente morrer, mande lembrançar ao Dr. Elloy, diga que ele realmente tem um chute certeiro de vida.

Amo vocês, papai.
[Estou extremamente aborrecida, toda a novela dramática do Tinder foi apagada do meu antigo flog e eu perdi tudo, pois deletei todas as cópias depois de postados. Tinder voltou a vida, mas os textos de sua vida pseudo-dramática estão meladas demais para o meu gosto. Nem sempre minhas mãos escrevem o que a minha mente está afim de ver.]

Wednesday, March 22, 2006

Engraçado.

Quando minha professora de português - Paula - na sexta série, dizia que a maioria dos escritores (talvez isso se encaixe aos 'pseudos-escritores' também, ora essa) nunca estavam satisfeitos com suas obras quando faziam a leitura novamente, eu achei uma coisa idiota.

Tsc, hoje, preciso melhorar a minha pontuação.

Tuesday, December 20, 2005


Mesmo se fosse.

O caso é que não era.
Não era nada do que ela queria, mas também não era nada do que não queria.
E talvez, mesmo se fosse, não era para ser.
Então, era passado para trás.

Era forte, forte demais e então aguentava tudo isso.
Os outros perguntavam: "Até quando?"... Ele por sua vez, não respondia.
Houve então, um dia em que a outra era.
Era tudo que ela não era, tinha tudo que ela não tinha... Mas, não era ela.
E se conformou em pensar que, mesmo se fosse, não era para ser.

Os outros perguntavam: "Por que não tentar?";
E ele, por sua vez, aceitou e se colocou a tentar.
"Mas como? Eu não sou mais?" Ela se perguntou.
Talvez fosse, mas mesmo que fosse não era pra ser.

Wednesday, October 12, 2005

Riminhas deslocadas.

Joaquina caminhava.
Caminhava, caminhava, caminhava.
Depois de três dias caminhando, Joaquina
Olhou para trás.
Olhou para o que tinha andado e pensou,
Pensou em voltar para trás
Sentou-se em uma pedra
Logo ao lado da estrada
Chorou feito uma menina
Uma menina desnorteada.
Orou como uma criança
Uma criança condenada.
E se levantou como uma mulher
Uma mulher atarefada.
Joaquina olhou para frente
E meio metro ela andou,
Olhou para o horizonte
E nada lá observou.
Pobre Joaquina,
Menina mimada,
Se via agora perdida
No meio de uma longa estrada.

Nem da frente e nem de trás
Viu chegar um peregrino
Ele veio do lado esquerdo
Cauteloso como
Uma ave
Uma ave perto do ninho.

Joaquina coitadinha
Com o susto ela gritou!
O peregrino coitadinho
O coração acelerou!
- Calma menininha, não sou de guerra
E nem de paz; Sou aquele que
Anda, anda, anda, e não sabe
Para onde vai
...

Joaquina ao olhar o jovem
Se deu por desintendida
Mas que vida mais chata
Êta vida sofrida...
Qual seria a graça de andar
E andar, sem saber direito
Quando os pés irão parar?
- E então lourinha bela,
Para aonde vais tão apressada?
Diga a mim, pois quero saber, assim
quem sabe um dia, eu ei de seguir você..

Joaquina olhou para os pés
Sujos de barro...
Desgastados com o vento,
Com a sujeira e com a desgraça.

- Ora essa, jovemzinho, não sabe que me esqueci?
Andei por tantas noites, e por dias não dormi!
Sai de casa faz tempo,
Por um motivo imemorável
E agora, estou aqui, completamente deslocada!

- Se saiu lá de trás
É que algo não lhe agradou, e
seu eu vim pela esquerda é que
Algo lá me afetou!
Serve agora como escolha,
seguir para frente ou para a direita
Faça a sua escolha agora,
E, se dê por satisfeita.

Joaquina olhou para a estrada,
triste e desamparada,
Dias e dias caminhando
E nunca encontrava nada.
Olhou para a direita
Caminho que lhe restava
Uma vastidão de verde mata
E um doce barulho de água.

- Siga comigo menino,
Me sinto desnorteada!

O negrinho olhou para a jovem
Loura e de belos traços,
Sorriu com os dentes brancos
E ela com os amarelados.

Os braços se entrelaçaram e
Adentraram o novo ninho,
Joaquina estava contente
por ter encontrado um novo caminho.
Abraços, procure um sentido.
Postei, porque gostei. ; )

Thursday, September 29, 2005

Simples e óbvio demais.
Quando é óbvio demais nem sempre conseguimos notar.

Enfim...

Silêncio óbvio.

-Meu pai sempre quis um médico na família...
- Que decepção que nenhum de seus filhos, fizeram sua vontade... - Brincava com o botão do vidro. Apertava-o de maneira frenética, tentando desviar daquele assunto, clichê nos últimos 6 meses.
-Não fizemos porque as condições não era propícias... Não tínhamos nem metade das coisas que você tem hoje! - Olhava o trânsito e, em pausas breves, arrumava a franja no retrovisor. Vaidosa. Suas mãos, delicadas e bem feitas, deslizavam pelo volante.
- Não quero ser médico.
- Não disse pra ser... Até porque com as suas notas... Nem parece ser primo do Tom.
- AHN?! - Exclamou decepcionado. A raiva momentânea o fez apertar o botão com extrema força. - Não me compare com a raça tosca dos meus primos.
- Não comparei! Apenas o citei.
-Não o faça, então. - Parecia recuperado da fúria.
- O que disse que quer fazer mesmo?
- Design digital! - Falou em um tom orgulhoso, soltando o botão e sua atenção para com ele, e se voltando para o rádio. Ah! Como queria ligar o mesmo e aumentá-lo até o último volume.
- Pra variar, quer ficar na frente daquele aparelho! - Pareceu inconformada.
- Me dou bem com ele, oras! - Ligou o rádio. Placebo, alguma de suas músicas agitadas.
- Suas notas em Biologia não são tão ruins.. - Desligou o rádio. - E, design digital não é algo que dê dinheiro, querido.
- Mãe...
- Só digo isso para o seu bem!
- Por que você é professora?
- Oras, porque eu gosto de crianças.

Houve um estranho silêncio.

Ele sorriu, ela suspirou.

- E então... O que vai querer na janta?

Comentário: Simples e objetivo, só hoje. ; )

Abraços. ;*